quarta-feira, 10 de junho de 2009

A abstenção ganhou com maioria absoluta

Lá se passaram mais umas eleições sem realmente se passar nada de especial. A abstenção ganhou novamente confirmando ser o partido com o qual os eleitores mais se identificam, e porquê?

. Não é necessário pagar cotas nem ter a fotografia repimpada num cartão

. Não tem congressos chatos onde se vai aplaudir o k já foi previamente combinado

. Para participar basta sermos coerentes com o k nos apetece realmente fazer ou dizer

. O espírito de grupo k existe marcadamente nos demais partidos, os pequenos partidos, PS,PSD,BE,PCP,CDS,Laurinda e outros, k asfixia qualquer liberdade de pensamento está inexistente no grande partido da abstenção onde vale dizer tudo e fazer tudo sem amiguismos ou falsas modéstias

. As mentiras de grupo, o sustento de qualquer partido, são na abstenção a falsidade individual k só corrompe ou engana o próprio, e ao próprio não interessa enganar mais ninguém a não ser ele mesmo

. E por fim: é a Abstenção o único partido português onde não existe discriminação racial, sexual, religiosa, política e cultural. Verdadeiramente um partido de todos para todos.

Na próxima voto neste! Se ainda existir, porque já vieram uns senhores muito inteligentes, serão de Bolonha? Falar em tornar as eleições, até aqui actos cívicos, em escravatura de participação obrigatória; caiu a máscara do civismo a alguns políticos, o português k não vota leva multa ou porrada, a penalização ainda não é clara mas penaliza-se até porque não existe educação sem penalização, penalize senhor presidente, penalize senhor ministro, penalizem senhores, vale sempre a pena penalizar! E a vossa penalização senhores é para quando?

sexta-feira, 5 de junho de 2009

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Angola – Ame-a ou deixe-a

PARTE IV

Cheguei a Luanda pela primeira vez em fins de 1972, nessa altura já os meus olhos estavam abertos há cerca de dois anos, entre outras coisas abertas com o mesmo tempo, contudo e apesar dessas aberturas ainda não percebia patavina do k os homens tentavam fazer do mundo, fui tentando perceber muito lentamente para não ofender ninguém. O k mais depressa aprendi foi k as pessoas são realmente diferentes e a mesma pessoa pode ser diferente várias vezes ao longo da sua vida, e então passei mesmo a não tentar compreender ninguém porque ficava ofendidíssimo quando afinal descobria k aquela pessoa k eu já compreendia de repente já não conseguia compreender mais, ela tinha mudado, passara a ser uma pessoa diferente. Agora continuo a gostar de olhar para toda a gente mas só me tento compreender a mim, e é essa a principal razão do regresso a Luanda em 2009 e o querer descobrir mais deste imenso território k é Angola, k é no fundo descobrir um bocado mais de mim também.
Consegui viajar até ao Huambo, Benguela e Lobito, cidades já livres da guerra civil angolana k só terminou oficialmente em 2002, após a morte de mais um homem, depois de milhares terem também vivido e morrido com ou sem armas na mão, o homem era Savimbi, o senhor k não conseguiu viver longe do mato e nesse mesmo mato foi morrer.
Nestas cidades não pisei nenhuma mina nem dei de caras com nenhum militar mais desagradável, apesar de saber k durante os sangrentos conflitos de 1992 até os jardins da cidade do Huambo estavam minados. Nesse ano em dois meses de combate, dentro da cidade, destruiu-se e matou-se como só o homem sabe fazer, e no fim dos conflitos já crianças brincavam nesses mesmos jardins por entre as bandeiras k assinalavam a presença de minas. Agora já não se sente essa presença da morte, pelo contrário, senti que estou mesmo num país em reconstrução e uno, a passos largos de uma modernidade que se viveu na Europa nos anos 70 e em Portugal no fim dos anos 80, desenvolvimento tecnológico, estradas, pontes, casas, prédios, barragens, tudo se está a fazer e tudo está a crescer.
No Lobito acampei à beira mar durante uma semana e durante esse tempo, todas as minhas bicuátas (objectos, utensílios) ficaram à porta da tenda sem nunca ninguém se ter atrevido a mexer ou a roubar, mesmo que ninguém ali estivesse a guardar as coisas, como acontecia todas as noites quando saía para ir viver a noite do Lobito ou de Benguela. Nessa mesma encantadora restinga do Lobito tive o vislumbre do que foi a ilha de Luanda trinta anos atrás, quando eu ainda era um pequeno rapaz que não sabia ler nem escrever, a pescaria que se fazia na baía, os piqueniques onde várias famílias se reuniam desde a manhã até altas horas da noite, com as crianças o dia todo na água a aprender a nadar ou simplesmente nos seus jogos de crescimento. Tudo o que se viveu em termos de sociabilização no período pós-independência na ilha de Luanda consegue-se ainda hoje viver na restinga do Lobito, salvo as conversas, k nestes tempos são outras.
Benguela, com o seu porto de escravos, é hoje uma cidade de marcada memória colonial em termos arquitectónicos, com os seus palácios, igrejas e casas a manter viva a história do que não se deve repetir, não na arquitectura mas sim na forma como se obteve o dinheiro para essa arquitectura, para nunca mais ninguém sofrer o que os antepassados, e muitos ainda vivos, sofreram nas mãos de quem só pensa no vil metal seja pelo tráfico de escravos seja pela posterior colonização moderno-ó-violenta. A cidade das acácias rubras só precisa de flores, de muita paz e de verdadeira fraternidade entre todos, não precisa de exploradores nem de construções ou de explorações agrícolas à custa do sangue de muitos companheiros. Como disse Agostinho Neto numa universidade da Nigéria em Janeiro de 1978: …Uma das consequências da falta de liberdade é o subdesenvolvimento económico, científico, técnico e cultural. Os países explorados tornaram-se economicamente débeis e em muitos casos, lançados numa situação caótica que os obriga a retomar ou a continuar a sua dependência dos outros países mais desenvolvidos. Libertar é transformar pela violência uma ordem social estabelecida por minorias. E por isso mesmo libertar uma sociedade, é fazer a revolução. É preciso libertar o Homem não só do esclavagismo colonial, mas ainda de qualquer forma de dominação social no interior de cada país. Nenhuma classe deve poder explorar outra…
O Huambo, a cidade dos cupapatas, deve explorar o seu gosto por tudo o que tenha rodas, pois está bem viva a paixão pelos desportos motorizados de duas e quatro rodas, como nunca vi em lado nenhum deste país. Organizam-se provas com grande frequência e assistência, às vezes até particulares com ou sem a anuência das autoridades, é uma cidade plana onde se pode também incentivar o uso da bicicleta já que também a temperatura ajuda muito, nunca estando muito quente nem muito frio. O trânsito é bastante policiado o que facilita a calma nas estradas apesar de muitos apaixonados das motas abusarem da velocidade, mas diga-se em abono da verdade todos eles respeitadores dos semáforos, coisa que não vejo em Luanda.
Em relação a Luanda vou falar das pessoas que agora cá vivem não vou falar do desenvolvimento tecnológico nem de infra-estruturas porque é óbvio que está a crescer nesses campos, é notório mesmo para quem cá chegue pela primeira vez, é guindastes por todo o lado, buraco sim buraco não nos passeios e estradas, estradas largas com duas ou mais faixas para cada lado, arranha céus a nascer por todo o lado, condomínios para meninos ou homens ricos, internet e telecomunicações a funcionar muito bem para um país que à meia dúzia de anos atrás ainda nem caixas multibanco tinha, bolsa de valores em fase de inauguração, enfim é mais do que certo que ninguém está enganado se disser que Angola se está a desenvolver e, com falhas graves em alguns domínios, o tem feito a meu ver bem.

Angola – Ame-a ou deixe-a

PARTE III

Angola mudou e Luanda mudou mais ainda, desde os primeiros anos do sonho de se erguer um “Homem Novo” até estes anos recentes em k despertou o “Homem de Sempre”, o resignado o k acorda todos os dias para unicamente tornar a acordar mais uma vez, muito se passou neste grande e quente território. A partir do momento em k Agostinho neto, no acto de proclamação da independência diz: …No entanto, tendo em conta o facto de Angola ser um País em que a maioria da população é camponesa, o MPLA decide considerar a agricultura como a base, e a indústria como factor decisivo do nosso progresso… As nossas escolas, a todos os níveis, deverão sofrer uma remodelação radical para que possam de facto servir o Povo e a reconstrução económica…
Julgou-se que seria realmente assim, desenvolver a agricultura e a industria, mas pouco realmente se fez nesse sentido, o k existe actualmente de grande produção agrícola pertence com raras excepções a estrangeiros pois entre os nacionais letrados poucos são os k consideram o trabalho agrícola digno de um homem letrado, em relação à industria existe o mesmo cenário de completa entrega aos estrangeiros por nítida falta de iniciativa e capacidade ou paciência de esperar pelos lucros, que podem mediar anos largos no caso da industria especializada, pois a ideia vigente entre os nacionais mais preparados é a de tentar enriquecer no mais breve espaço de tempo e isso não se coaduna com projectos arrojados na agricultura ou na industria e entre aqueles k querem, pura e simplesmente não o podem fazer por falta de recursos ou mesmo por desinteresse da banca. No caso das escolas a boa vontade do poeta presidente e o caminho por ele indicado parece estar muito esquecido, faltam escolas públicas de qualidade e as k existem estão muito longe de ser gratuitas. Para um pai ou uma mãe não deixarem os filhos fora da escola são compelidos ou corrompem os funcionários das secretarias num mínimo de cem dólares para unicamente assegurarem a matrícula numa escola primária ou num liceu, e a estes pagamentos, k podem variar consoante a escola e a procura, devem sempre acrescentar autênticas fortunas para a compra dos livros oficiais k na maior parte dos casos só se encontram à venda nos circuitos paralelos a preços muito superiores aos da editora. De salientar também k se está a passar o mesmo nos jornais, como não existe uma política de preço máximo acontece que os jornais desaparecem das editoras com um preço de 40 kwanzas e aparecem à venda na rua a 100 ou mais kwanzas por exemplar e isto num país onde o ordenado mínimo é de 10.000 kwanzas ou 150 dólares-USD, está fácil de ver k mesmo os k se queiram informar não têm outro remédio k não o de deixar de comer para poder comprar o jornal diariamente.
Agostinho Neto não esperava por isto e sinceramente eu também não. No entanto em 1979 num discurso pronunciado na cidade do Lubango ele disse: …Nós não temos em Angola uma burguesia com poderes. Não temos, mas podemos ter no futuro, se não tomarmos cuidado…
Parece-me k realmente os cuidados foram poucos.
Agora tudo à minha volta está mudado e para melhor, em alguns aspectos, já consegui ir de jipe até ao Huambo, cidade no interior de Angola, a quem os portugueses chamaram orgulhosamente, completamente alienados da realidade das suas próprias políticas, de Nova Lisboa, cidade pacata com gentes de várias procedências mas com predomínio do sul de Angola, cidade extremamente organizada, bela nos jardins, nas casas e nas ruas, pessoas muito amáveis e atenciosas que falam com uma pronúncia muito diferente de Luanda, quase cantando as palavras e não descurando o sorriso por entre as frases, uma cidade com muito futuro à frente e quem sabe atrás, se assim quiserem os seus dirigentes e caso a vontade da sua população não seja corrompida pelas modas de Luanda.
As estradas de acesso à cidade estão em fase de recuperação e muitas outras se constroem, dizem-me que se viaja para todo o lado mas convém ser de jipe, aproveitei assim para ir também a Benguela e depois Lobito. E porque o tempo voa quando estamos felizes, não tenho alternativa senão regressar a Luanda passados cerca de trinta dias do inicio da viagem, pois que ainda sou estrangeiro mesmo que sinta que estou em casa.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Angola – Ame-a ou deixe-a

PARTE II

Cedo descobri ter duas nacionalidades, a da pele, branca, europeia, portuguesa, e a do coração, preta, africana, angolana. Vivi os dias quentes, abafados, com a eterna e permanente conquista de um espaço k tinha a sensação de não ter sido criado para mim, como se para viver o dia a dia tivesse k minuto a minuto me descobrir numa nova personagem pois a anterior já não era desejada pelos meus interlocutores, só muito mais tarde aprendi a esquecer as nacionalidades e a viver da personalidade em contínua evolução.
Saía de casa logo de manhã, descia as escadas, no prédio onde mais segredo nenhum guardava para mim, umas vezes pelo corrimão desde o 5º andar até ao rés do chão, e quando havia energia eléctrica ia mesmo de elevador parando por todos os andares ou até bloqueando o elevador como demonstração do poder que se tem quando já se conhece como as coisas funcionam, já na rua, respirava fundo, pois apesar de tudo não era fácil uma criança de seis anos fazer algumas dezenas de metros a pé até à escola, a primária 189, e quando possível logo de fronte à escola dava as escapadelas para as matinés do cinema 1º de Maio, este tornou-se paragem obrigatória para muitas brincadeiras de infância e muitos namoros de adolescência, depois, finalizado o ensino primário, calcorreei até ao Alda Lara, uma escola k já distava umas largas centenas de metros de casa e sempre a subir, de seguida o Mutu Ya Kevela e finalmente o centro pré-universitário, PUNIV, sempre a pé, sempre com gosto e muita vontade de andar ainda mais, porque já não era português, porque já não era branco e os angolanos que conhecia tinham nascido aqui, em Luanda ou noutra cidade qualquer, e eram negros e também mulatos, eu não era nem mais nem menos nem na cor nem na forma de vida, e se a pé eles andavam eu não tinha nada que ser diferente, já me bastava preocupar com a notória diferença de pele e de ter sempre que andar com um cartão que dizia ser um estrangeiro, no único território que eu conhecia até então, no território que eu chamava de casa e a única que tinha, nesses tempos de “sermos milhões e contra milhões ninguém combate”, era um entre milhões, mas estava inserido e vivia entre esses milhões.
Mas também havia tristeza e muito sacrifício, a morte de vários homens sonhadores como foi a que acompanhei do poeta presidente Agostinho Neto e de muitos outros, relatados como grandes líderes e intelectuais da luta de libertação, da real opressão dos colonialistas portugueses, durante o clima de medo que se viveu nos idos anos 70. As constantes faltas de água e luz k cobriam a cidade de Luanda num manto delicado e estrelado de escuridão, faltas essas k podiam durar mais de uma semana, lá se tinha k deslocar os víveres perecíveis para a casa de alguém k por alguma razão ainda tivesse energia, até porque nesse tempo eram muito raros os geradores. Da parte da manhã encher a penicada de água, e carregar tudo pelas escadas, era tarefa das crianças e das mulheres k estivessem em casa e não era tarefa fácil, mas para uma criança suportava-se pela brincadeira envolvida k passava sempre por chegar a casa completamente encharcado nas brincadeiras com a água, o cheiro no ar nessas situações era de petróleo, de velas e dos petromaxes, quando ainda sobravam as camisinhas para eles funcionarem, mesmo com a parca luz os amigos juntavam-se na rua ou nos quintais e as conversas eram as da ocasião - mais um ataque da U.N.I.T.A., quanto tempo duraria a repor o poste de alta tensão que eles tinham deitado abaixo, o ataque à barragem deixaria-nos sem produção de cerveja durante uns tempos... Mas passava e tudo passou, sempre com um sorriso, sempre com os amigos, sempre a dividir o k não havia e a repartir o k já não existia, aprendia-se k quando se pede para um pede-se para todos, e se só se obtém para um então mesmo assim tem k chegar para todos. Funcionava desta maneira antiga e estranha para os tempos de hoje a Luanda de ontem, para os gelados como para o pão.
Angola nessa altura era um país confinado a Luanda e pouco mais, quem estivesse em que cidade fosse, raramente saía dela a não ser que intentasse perder a vida na curiosidade de tentar descobrir um país maior que qualquer vida, e só o conseguia com muitos "salvo condutos" para mostrar às imensas barreiras militares dispostas ao longo das estradas e pontes, os campos estavam minados, as emboscadas aconteciam onde menos se esperava e mesmo os militares do M.P.L.A. eram pouco simpáticos e sempre com cara de poucos amigos.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Angola - Ame-a ou Deixe-a

PARTE I

Entrei agora para o segundo mês do ano de 2009, vou assim também dar entrada no segundo mês da minha estadia em Angola.
Depois de uma passagem breve no início do ano de 2008, após 16 anos de ausência, onde por razões várias não consegui visitar o território das minhas mais felizes memórias, encontro-me agora aqui e aqui sei que vou ser feliz fique o tempo que ficar.
Vivi em Angola desde os meus dois anos de idade até ingressar no ensino superior. Por essa altura devido a tropelias várias entre os homens poderosos deste país e do mundo, que não se entendiam, que se odiavam, que se guerreavam ao ponto de se mutilarem e morrerem aos milhares, fui compelido a tentar seguir o ensino superior em Portugal pois em Luanda, cidade onde sempre vivi, rareavam os professores no curso que pretendia tirar, viajo então para Lisboa onde durante 16 anos construo partes do homem que sou hoje, principalmente a nível intelectual, com uma compreensão do mundo onde habito muito distinta da que levava a partir de Luanda.
Quando deixo Luanda, logo no principio do ano de 1990, havia a noção muito marcada dos homens bons e dos maus, noção essa criada muito precocemente na escola primária, onde todo e qualquer movimento, pensamento e razão estavam orientados para a construção do homem novo, o homem socialista, o homem do M.P.L.A., o hino nacional era aprendido e cantado desde cedo na vida, as crianças eram pioneiros angolanos, os jovens eram membros de brigadas de juventude aliciados e orientados pela esfera sonhadora da J.M.P.L.A., os adultos tinham armas em casa e no carro, ostentavam braçadeiras que os identificavam, havia salvo-condutos e livres trânsitos, circulava-se na rua até à meia-noite e depois era o recolher obrigatório. Havia campanhas de alfabetização nas cidades e nas aldeias, cidadão que já soubesse ler devia ser patriota ao ponto de fornecer parte do seu tempo a ensinar quem ainda não sabia, havia campanhas de limpeza da cidade e ia-mos crianças, jovens e adultos limpar escolas, ruas e compor jardins, havia comícios grandiosos que enchiam as ruas de bandeiras e de cor. Visitavam o país representantes do mundo socialista e nessa altura compunham-se passeios, estradas e pintavam-se as fachadas dos prédios ou casas por onde eles passariam, havia alegria em Luanda porque em todas as actividades inclusive nas festas mais particulares participavam todos os elementos que partilhavam o sonho comum, a construção do homem novo, e estavam os políticos no meio do povo e estava o povo a alimentar-se nas lojas do povo com cartões de racionamento iguais aos de muitos políticos, mas não de todos pois já os soviéticos ensinavam que apesar de tudo havia diferenças entre os homens, entre os que lideravam e os que obedeciam, e já alguns comiam mais do que outros, mas havia música e dança para todos, o carnaval da vitória, a festa que se dava em casa porque da província tinha chegado um cabrito ou porque nesse mês a fábrica da Nocal tinha conseguido produzir muito mais cerveja do que era normal, e comia-se e bebia-se e ninguém sabia quem pagava. Vivi assim a felicidade de um povo que tem sempre tempo para sorrir e brincar...

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

©Kuntuala-Oxay Lobito2009

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©Kuntuala-Oxay Benguela2009

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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

©Kuntuala-Oxay Lobito2009

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©Kuntuala-Oxay Huambo2009

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©Kuntuala-Oxay Luanda2009

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©Kuntuala-Oxay Luanda2009

©Kuntuala-Oxay Luanda2009

©Kuntuala-Oxay Luanda2009



©Kuntuala-Oxay Luanda2009



Angola recupera agora de 27 anos de guerra civil, constroi-se, reabilita-se, desenvolve-se, seguindo padrões e orientações de crescimento em tudo semelhantes aos ex-colonizadores, será este o melhor caminho? A ver vamos. Espera-se contudo k muitos dos intelectuais deste país saibam orientar o poder político para um desenvolvimento acente na educação, na partilha da riqueza e na igualdade de oportunidades para todos os cidadãos, e o entendimento para este progresso verdadeiramente humano depende em muito do investimento k se faça nas escolas públicas e não no crescimento galopante de unidades privadas de educação, tudo se deve recuperar mas não devemos esquecer a grande máxima deste país - Um só povo, uma só nação. E se o povo é só um e a nação una então a educação deve também ser para todos, a aposta na única riqueza verdadeiramente importante deste país, as pessoas.




©Kuntuala-Oxay Huambo 2009

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©Kuntuala-Oxay Luanda 2009


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©Kuntuala-Oxay Huambo 2009

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